segunda-feira, 27 de setembro de 2010

10 Amantes reais

Algumas mulheres entraram para a história por serem rainhas, escritoras, esposas, mães ou irmãs de grandes homens, e outras como notáveis amantes dos reis.

1. Eleanor "Nell" Gwyn


Eleanor Gwyn (1650 – 1687) foi o caso mais duradouro do rei Charles II. A atriz inglesa recebeu grande reconhecimento e foi mãe de dois filhos de Charles.

 

2. Louise Renee de Penancoet de Kerouaille, Duquesa de Portsmouth





Louise foi amante de Charles II da Inglaterra. Dentre seus descendentes estão Diana (a princesa rejeitada de nosso Charles atual), Camilla e Sarah, Duquesa de York.
 
3. Henrietta Howard




Henrieta foi amante do rei George II da Britania. Deixando a posição de amante do rei, ganhou terras do seu antigo amado nas margens do Rio Tâmisa.


4. Eliza Rosanna Gilbert 

 


Atendendo pelo nome de Lola Montez, Eliza também era uma famosa cortesã e amante do Rei Luis I da Bavária. Ela recebeu o título de Condessa de Landsfeld.
 
5. Mary Boleyn






Mary foi amante do rei Henrique VIII durante algum tempo. Depois foi substituída por sua irmã Ana, que acabou se casando com o rei. Mary casou-se duas vezes.
 
6. Marie-Louise O' Murphy de Boisfaily 
 


Essa moça foi amante do rei Luis XV da França. Sua vida foi dramatizada em 1997 em “Our Lady of the Potatoes”.



7. Marie-Anne de Mailly-Nesle, Duquesa de Chateauroux



Essa pequena e sexy mulher foi uma das amantes do rei Luis XV da França. Era conhecida como Madame de Mailly, a Duquesa de Chateauroux. 
 

8. Marie-Jeanne Becu, Condessa du Barry










 
Essa é famosíssima e ficou conhecida como a Madame Du Barry. Virou tema de vários filmes e foi amante do rei Luis XV da França.



9. Agnes Sorel






Essa aí com carinha e áurea de santa foi amante do rei Carlos VII da França. Com grande influência política, ajudou o amante rei. Esta foto foi pintada pouco tempo antes dela morrer de parto.

10. Lillie Langtry






Lillie Langtry foi atriz e amante do rei Eduardo VII da Inglaterra.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Uma rainha que amava cavalos… e homens

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Catarina, a Grande, nascida sob o nome de Sofia Augusta Frederica von Anhalt-Zerbst ficou conhecida por três grandes paixões: cavalos, homens e crueldade com seus opositores. Ela tomou o poder, com um grande golpe, tornando-se Imperatriz da Russia e trazendo a Era Moderna para o local.

 

 

 

Catarina, a Rainha Virgem

Peter_III_of_Russia_-1761 A princesinha alemã foi para a Russia para casar-se com o Imperador Pedro III. Era 1762, e ela ficaria no poder por 34 anos. As dificuldades do casal começaram assim que as luzes do casamento se apagaram. Pedro queria ver todas e qualquer mulher… menos a sua. Essa pelo menos é a história oficial, porque historiadores dizem que na verdade o coitado não conseguia mesmo chegar aos finalmentes por ter uma fimose triste, que o impossibilitava de qualquer prazer. Coitado. Resultado: 8 anos de casamento e uma esposa virgem. Sem ter muito o que fazer, lá foi Catarina preencher seu tempo com estudo. Foi aí que um tal de Sergio Saltikov abriu um novo mundo para a rainha virgem.

Catarina acostumara-se com a boa vida, e já não podia viver sem um amante.

 

Fraco pelos homens…

Grigorij-PotiomkinQuem separava os rapazes que iriam para a cama de Catarina?? Seu ex amante. Um senhor feio chamado Gregorio Potemkin.  Muita gente acreditava que o dito era seu marido secreto. Bom, a rainha se apaixonou por ele quando ele ainda era oficial e provou ser bom no gatilho, apesar de ser horrendo. A foto ao lado prova o dito.

 

Pois bem. Terminado o romance, os dois se tornariam cúmplices, digamos assim. Ele não estava nem louco de cair das graças de uma rainha, e preferiu acoitar romances da mesma do que deixá-la.

 

Escolhidos como cavalos

Katharina-II-von-Russland Catarina não era uma mulher fácil de domar. Mantinha e dispensava amantes com uma constância de dar inveja. Mas não era qualquer um que chegava à cama da rainha. Não. Antes, eles passavam por um teste de fogo: suas damas de companhia “provavam”, por assim dizer, o prato, antes dele chegar à ela.

Os motivos para caírem fora eram os mesmos já conhecidos por nós: tédio, traição e mágoa. Mas eles não saíam de maõs abanando. Geralmente ganhavam títulos e etrras, além da ordem de ficarem com os bicos fechados.

 

Eu até que sou fiel!

Catharina_Aleksejevna_by_Grooth Catarina era amiga de Voltaire. E ele ralhou com ela dizendo que a mesma era inconstante em seus casos. Ela respondeu que não era. Era até fiel.

“A quem???” Perguntou, Voltaire.

“À beleza, naturalmente. Apenas a beleza me atrái!”.

Bom, a foto de seus amantes prova que não, belezura.

 

Para saber mais sobre a Catarina:

http://romanov.blogs.sapo.pt/19194.html

e

 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Fantasma do Rei Henrique VIII?

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Henrique VIII não foi um sujeito muito fácil não. Quem assistiu The Tudors ou leu alguns dos livros disponíveis no mercado sobre o assunto (indico o As Seis Mulheres de Henrique VIII) sabe que o danado era complicadinho. Acho mesmo que tinha algum tipo de distúrbio. Seis mulheres, algumas executadas, outras rejeitadas (e sortudas), além de muitos amigos sendo mortos sem motivo aparente, além de uma igreja partida (Católica x Anglicana) e outros disparates.

Mas não era isso que eu queria falar. Acabei me excedendo. O que eu queria dizer é que filmaram no Hampton Court alguém que estão jurando que é o fantasma do Rei Henrique VIII. Bom, nunca vi fantasma abrir porta, mas vai que é né? Olha aí embaixo e depois me diz alguma coisa:

O Que Usar Em Sua Execução

 

Ok, alguns dirão que trata-se de um assunto meio macabro, mas a curiosidade existe, certo? Vi em no blog Raucousroyals uma matéria falando sobre as roupas que algumas pessoas famosas usavam durante sua execução. Resolvi adaptar o texto aqui pra vocês. Olha que bacana:

Rei Charles I : roupas quentinhas 

King Charles 1,with a Letter in His Hands

O Rei Charles I da Inglaterra quis ficar bem aquecido. Para isso usou duas camisas pesadas, pois ele estava muito preocupado em não sentir frio e ficar tremendo, o que, de alguma maneira, poderia fazer as pessoas pensarem erroneamente que ele estava com medo. Ele também não queria que seu cabelo ficasse desarrumado e pediu para seu carrasco ser cuidadoso.

 

Rainha Ana Bolena: Discrição e Rainha até o fim

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Ana Bolena, segunda esposa do Rei Henrique VIII escolheu ir para seu último momento com roupas sóbrias. Optou por um vestidinho solto, cinza escuro e um arminho cobrindo os ombros e decotes. Ela enfeitou a sua cabeça com uma touquinha (que era muito usada por sua rival Jane Seymour). Ah, pediu para sua cabeça ser cortada não com um machado, utilizado na Inglaterra, mas por uma espada, método usado na França. O motivo para isso é que Ana era uma Rainha, e rainhas não abaixam a cabeça nem para morrer. É isso aí Ana.

 

Rainha Mary da Escócia: Quero ser uma Mártir

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Maria Stuart escolheu uma saia carmesim, pois queria ser lembrada como uma mártir católica. Quando foi acusada de conspiração de assassinato da rainha Elizabeth, ela sabia que a morte ia trazer clamores dos países católicos. Então ela tinha que causar. Usando roupas vermelhas ela iria sair da imagem de traidora para uma de mártir. Bem pensado. Bom, sua saia depois foi queimada porque o pessoal ficou com medo que se transformasse em mais uma relíquia religiosa (tão comum naquela época).

Rainha Maria Antonieta: Simplicidade forçada e sem brioches

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Coitada de Maria Antonieta. Se os outros puderam fazer um “ahá” e escolher suas roupas para a execução, Antonieta foi proibidíssima de opinar nessa questão. Para vocês terem idéia, ela foi proibida inclusive de usar um vestido preto esfarrapado que ela usara em luto durante dois meses! Isso aconteceu porque os revolucionários não queriam de jeito nenhum que o povo tivesse algum tipo de simpatia por ela. E lá foi Antonieta, outrora tão elegante, numa carrocinha velha, usando uma camisa branca simples e um lenço sobre os ombros. Seus cabelos já haviam sido cortados para ocasião, o que, de forma prática, iria facilitar todo o trabalho da guilhotina. Coitada.

domingo, 19 de setembro de 2010

Procura-se um Rei: D. Sebastião I de Portugal

 

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D. Sebastião acabou entrando para a história e sendo conhecido como  O Desejado, O Encoberto e ainda como O Adormecido. Tudo por conta de seu inesperado desaparecimento após uma batalha. Deu início ao Sebastianismo. Vamos aos fatos.

O Desejado

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D. Sebastião nasceu em Lisboa em 20 de janeiro de 1554. Assumiu o governo aos 14 anos. Na verdade, o rapaz se tornou rei aos 3 anos, quando seu pai morreu. Como era um herdeiro bastante esperado, acabou sendo conhecido como O Desejado. Era um rapaz muito religioso, e que também gostava muito de assuntos militares. Sonhava em participar de grandes batalhas, conquistando em nome da fé.

 

 

 

E o Rei sumiu: Cadê O Encoberto? Adormecido?

clip_image007Querendo reviver as glórias do passado, decidiu montar uma expedição contra os marroquinos em Tez. Ficou combinado que seu casamento com a filha de seu tio Felipe II da Espanha ficava adiado para seu retorno. Ele tinha 24 anos.

No meio da batalha de Alcácer-Quibir, os portugueses perderam. E, não se sabe como, nem em que momento, D. Sebastião sumiu. Sumiu mesmo. Ninguém deu notícia. Pronto. O povo começou a achar que ele não tinha morrido, tinha apenas desaparecido durante uns tempos.

Isso deu início a uma crise tão grande, que a independência de Portugal estava em perigo. Alguns loucos começaram a imaginar que ele surgiria novamente, maravilhoso, para acabar com a guerra. Era o mito do Sebastianismo, que dizia que ele voltaria numa manhã de nevoeiro para salvar Portugal.

 

De quem é esse corpo?

Lisboa-Mosteiro dos Jeronimos Mas claro que, com essa história de rei que iria surgir do meio do nada, iria surgir gente dizendo ser o mesmo. Todos queriam ser o Rei Arthur português. O último doido que apareceu dizendo ser Sebastião foi calado na forca, em 1619. Chamava-se Marco Tullio Catizone.

Em 1582 apareceu um corpo que alegaram ser dele. Esperando acabar com o mito do sebastianismo, o rei Filipe I de Portugal mandou levar o tal corpo para o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. Não se comprovou se era mesmo do jovem desaparecido e ainda paira um mistério se lá dentro está realmente o “Rei Adormecido”. Que tal um DNA?

Luís de Camões, o maior poeta português (depois de Fernando Pessoa, claro), dedicou seu livro Os Lusíadas a D. Sebastião.

Fernando Pessoa e Zé Ramalho

O poeta Fernando Pessoa, em Mensagem, no único livro que ele escreveu e publicou em vida, fez uma homenagem a esse rei e ao culto ao sebastianismo. O André Luis musicou e Zé Ramalho cantou. Confiram o trecho:

2ª Parte

XI. A Última Nau

Levando a bordo El-Rei D. Sebastião,
E erguendo, como um nome, alto o pendão Do Império,
Foi-se a última nau, ao sol aziago
Erma, e entre choros de ânsia e de preságio
Mistério.
Não voltou mais. A que ilha indescoberta
Aportou? Voltará da sorte incerta Que teve?
Deus guarda o corpo e a forma do futuro,
Mas Sua luz projecta-o, sonho escuro E breve.

Ah, quanto mais ao povo a alma falta,
Mais a minha alma atlântica se exalta E entorna,
E em mim, num mar que não tem tempo ou 'spaço,
Vejo entre a cerração teu vulto baço  Que torna.
Não sei a hora, mas sei que há a hora,
Demore-a Deus, chame-lhe a alma embora
Mistério.
Surges ao sol em mim, e a névoa finda:
A mesma, e trazes o pendão ainda Do Império.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Catarina de Bragança, a infeliz

imag050204Coitadinha de D. Catarina de Bragança, a triste senhora Rainha da Inglaterra, tão traída pelo Rei Carlos II. A portuguesinha, filha de D. João IV e D. Luísa de Gusmão introduziu algumas novidades na corte britânica. Vamos a alguns fatos sobre sua vida.

Bom, primeiramente, como sabemos, casar por amor era um luxo que os reis e rainhas não tinham. Então fica difícil dizer que Catarina realmente sofria com as traições reais. Carlos II ficou conhecido, além de sua paixão pela Medicina, por suas amantes. Catarina, ao longo de 23 anos de casamento, teve que se adaptar às escapadinhas dele.

 

Do Convento para o Casamento

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Filha de D. Luísa de Gusmão (espanhola) com D. João IV, foi a quarta de sete filhos que o casal teve. De suas irmãs, foi a única sobrevivente e muito mimada por sua mãe. Já crescida, foi mandada para um convento em Alcântara. Lá aprendeu a rezar, a bordar, música e história. Saiu poucas vezes do convento, e os homens com quem falava eram da família. Assim era preparada para um casamento com um estrangeiro inglês.

Depois de alguns acertos, foi combinado seu casamento com Carlos II da Inglaterra. Foi mandada uma foto da princesa e ele se agradou. Achou-a com um ar doce, mas desconhecia que ela era pequena, gordinha e ligeiramente dentuça. O primeiro problema foi com relação à religião, já que Catarina era católica e a Inglaterra de Carlos eram anglicana desde o problema que Henrique VIII teve com a Igreja.

Mesmo assim, lá foi ela com seu dote de 2 milhões de cruzados, a Praça de Tânger na África e a pequena feitoria na Ilha de Bombaim, na Índia. Alías, foi difícil juntar esse dote, já que o país passava por dificuldades. Mas a rainha deu exemplo e vendeu suas jóias e empenhou pratas e tesouros reais. Ah, o Brasil acabou também contribuindo (como Colônia, claro). O dote foi pago em prestação.

Catarina não teve muita sorte com suas damas de companhia escolhidas. Eram mulheres aristocratas, viúvas, cheias de preocnceito e imensamente religiosas. Não serviam como conselheiras para a jovem princesa em um país estrangeiro. Apenas umas poucas foram mantidas, trazidas por ela de Portugal. As que fugiam desse estereótipo, tornavam-se amantes de seu marido. Carlos II teve inúmeras amantes, e, pelo que consta, pelo menos quinze bastardos. Como ironia, sua esposa Catarina não conseguiu lhe dar um só filho, pois suas gravidezes nunca chegavam ao fim.

Dizem que ela se apaixonou pelo marido assim que o viu. Mas quando o casamento foi consumado, ele já tinha uma amante favorita, chamada Barbara Palmer. Só com ela o rei teve seis filhos. Suas damas de companhia eram ridicularizadas por causa de suas roupas antiquadas e jeito sisudo. 

Por sua vez, Catarina se adaptou perfeitamente ao modo de se vestir inglês. Usava rendas, sedas, sapatos combiando com a roupa, jóias enormes.

 

Uma rainha infeliz?

catherine_braganza_1638_1705_hiReza a lenda que Catarina chegou à Inglaterra morrendo de febre, e lá pediu em espanhol que lhe dessem um pouquinho de chá. Ninguém sabia que diabo era isso. Eles só bebiam cerveja! Mas a novidade fez tanto sucesso, que o chá se tornou (até hoje) a bebida oficial do Reino Unido.

Ela também estranhou que a comida fosse servida em pratos de prata ou ouro. As refeições esfriavam mais rapidamente. Catarina solicitou que eles fossem substituídos por porcelana, usada há muito tempo na Inglaterra. Em 1743 foi criada a primeira fábrica de porcelana da Inglaterra.

  Catarina também levou uma orquestra de músicos portugueses para a Inglaterra.

Várias pessoas, inclusive sua cunhada Henriqueta Ana, incentivavam Catarina a pedir o divórcio, devido às constantes e humilhantes escapadas do rei. À ele também foi dado esse conselho, e o Parlamento chegou a oferecer 500.000 libras para ele fazer isso. Mas Carlos não quis. Ele dizia que não tinha motivos para tal.      

Se ela fosse assim tão infeliz, será que não teria aceitado o divórcio? Difícil de saber.

Após a morte do rei, ela ainda ficou por 9 anos na Inglaterra. Saiu depois que Jaime II subiu ao trono e começou a ver uma católica com desconfiança. Depois de anos se comunicando com os seus, pediu a D. Pedro II para regressar ao seu país de origem.

Em Portugal chegou a ser duas vezes regente, durante ausências de D. Pedro II. Morreu em 31 de dezembro de 1705. Seus restos mortais foram levados para S; Vicente de Fora em 1914 onde repousam até hoje.

 

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Charles II da Inglaterra

 

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O rei Charles II da Inglaterra ficou conhecido como um homem que amava a diversão, e também por suas belas amantes. O curioso é que ele chegou a ter doze (isso aí), doze filhos com as amantes, mas não teve um só legítimo. Em sua morte, ele sofreu muito com uma doença renal. Abaixo, a biografia dele retirada da wikipedia:

 

Charles_II_when_Prince_of_Wales_by_William_Dobson,_1642 Charles Stuart (ou Carlos Stuart), o filho sobrevivente mais velho do rei Carlos I e Henrietta Maria, nasceu no Palácio de St. James no dia 29 de maio de 1630. Ele foi batizado na Capela Real no dia 27 de junho pelo Bispo Anglicano de Londres, William Laud. Ao nascer tornou-se automaticamente em Duque da Cornualha e de Rothesay; aos oito anos foi nomeado como Príncipe de Gales.

Durante os 1640s, quando Carlos ainda era jovem, seu pai brigou com forças puritanas do Parlamento na Guerra Civil. Carlos acompanhou seu pai durante a Batalha de Edgehill e, aos 14 anos, participou nas campanhas de 1645, quando foi nomeado comandante titular das forças inglesas no oeste do país. Na primavera de 1646, seu pai estava perdendo a guerra, e Carlos deixou o país devido pois seria inseguro ficar ali e foi primeiro para a Sicília, depois para Jersey, e finalmente para a França.

Em 1648, durante a Segunda Guerra Civil, Carlos mudou-se para Haia, onde sua irmã Maria (Princesa Real e Princesa de Orange) e seu cunhado Guilherme II com a idéia de ajudar seu pai. Entretanto, seu pai foi executado em 1649. Em Haia, Carlos teve um filho com Lucy Walter, James Scott.
Carlos II quando ainda era Príncipe de Gales retratado por William Dobson

Em 5 de fevereiro de 1649, Carlos II foi proclamado rei dos escoceses em Edimburgo, sob a promessa entre Inglaterra e Escócia que impediria remodelar a Igreja da Escócia a imagem da Anglicana, devendo manter-se no presbiterianismo (forma preferida pela maioria dos escoceses).

Carlos II chegou à Escócia em 23 de junho de 1650. Pelo seu abandono ao Anglicanismo, tornou-lhe impopular na Inglaterra. Foi coronado como rei dos escoceses em Scone (Perthshire), em 1 de janeiro de 1651, e depois organizou uma ofensiva contra Inglaterra, na época sob governo do Lord Protector, Oliver Cromwell. A invasão terminou com a derrota na batalha de Worcester (1651), com Carlos II fugindo logo em seguida rumo à França. O Parlamento ofereceu uma recompensa de 1000 £ pela cabeça do rei e impôs pena de morte a qualquer um que lhe prestasse ajuda.

Empobrecido, Carlos tentou reunir apoio para ir contra o Lord Protector. França e as Províncias Unidas (a atual Holanda ou Países Baixos) aliaram-se com o governo de Cromwell, forçando Carlos a recorrer a Espanha pedindo ajuda. Tentou recrutar um exército, mas fracassou devido a suas penúrias económicas.

Restauração

Mesmo com a morte de Oliver Cromwell em 1658, as oportunidades de Carlos II para recuperar a Coroa pareciam minguar. Cromwell foi sucedido pelo seu filho, Richard Cromwell, como Lord Protetor, mas este era um homem sem dom para a liderança e nem deseja de exerce-la e acabou abdicando em 1659. O Protetorado da Inglaterra foi abolido e foi estabelecido a Commonwealth. Durante o período de instabilidade civil e militar que seguiu-se, George Monck, governador da Escócia, preocupado com a ameaça do anarquismo que corria a nação, determinou que o melhor seria restaurar a monarquia. Monck e seu exército marcharam até Londres onde, com amplo apoio popular, forçaram o chamado Parlamento Largo a dissolver-se. Pela primeira vez em quase vinte anos os membros do Parlamento tiveram que enfrentar uma eleição geral.

Isso resultou em uma Câmara dos Comuns eleita com claro predomínio da facção realista. A nova assembléia, denominada Parlamento da Convenção, pouco depois de seu constituição em 25 de abril de 1660, teve notícias da Declaração de Breda (8 de maio de 1660), na que Carlos concordava, entre outras cosas, em perdoar muitos dos inimigos de seu pai. Como conseqüência, o Parlamento decretou de imediato que Carlos II seria o soberano legítimo desde a execução de Carlos I em 1649.

Carlos partiu para a Inglaterra, desembarcando em Dover em 23 de maio de 1660. Chegou em Londres em 29 de maio, data considerada como a oficial da Restauração. Ainda que tenha decretado uma anistia para os seguidores de Cromwell na Acta de Imunidade, não perdoou aos juízes e autoridades envolvidas no julgamento de seu pai. Alguns foram executados em 1660; outros condenados a prisão perpétua.

Em 1665, Carlos teve que lidar com grandes problemas: epidemia de peste negra e incêndio de Londres.

charles iiA peste negra (1665-1666) matou um quinto da população de Londres. Provavelmente chegou a cidade trazida pelos navios transportando algodão vindos de Amesterdão. A peste negra atingia intermitentemente a Holanda desde 1654. As áreas das docas de Londres foram as primeiras a ser atingidas pelo ataque da peste negra. Com a peste negra tomando conta de Londres, a família real e sua corte deixou a cidade rumo a Oxford. Várias medidas sanitárias foram tomadas, médicos foram contratados e detalhes de sepultamentos das vítimas foram organizados.

Em setembro de 1666, entre os dias 2 e 5, Londres foi atingida por um grande incêndio. O incêndio atingiu mais de 13.000 casas e 87 igrejas, entre elas a Catedral de St. Paul. Não se sabe exatamente o número de mortos, mas estima-se que não foi grande.

Política exterior

Em 21 de maio de 1662, Carlos II casou-se com a princesa Catarina de Bragança de origem portuguesa. O matrimônio não produziu descendentes. Durante o mesmo ano, Carlos vendeu Dunquerque ao rei francês Luís XIV por 40.000 £.
O rei Carlos II

Agradecido pela ajuda prestada para recuperar o trono, Carlos recompensou oito nobres (conhecidos como Lordes Proprietários) com territórios na América do Norte mais precisamente em Carolina (batizada assim em homenagem a seu pai) em 1663.

As Atas de Navegação (1650), prejudicaram o comércio da Holanda e foram a causa da Segunda Guerra Holandesa (1665-1667). O conflito começou pela captura na América do Norte, por parte dos ingleses, de Nova Amsterdã (depois rebatizada com o nome de Nova York, em homenagem ao irmão de Carlos, James, Duque de York, o futuro Jaime II, mas em 1667 os holandeses fizeram um ataque surpresa contra os ingleses na parte superior do Tâmisa, onde ficava o melhor da Armada britânica. Os holandeses afundaram quase todos os navios, exceto a Nave Almirante, a qual tomaram e conduziram até a Holanda como troféu. A Segunda Guerra Holandesa terminou com a assinatura do Tratado de Breda (1667)

Em 1668, a Inglaterra aliou-se com a Suécia e com sua anterior inimiga, a Holanda, a fim de oponer-se a Luís XIV na Guerra da Devolução. Luís foi obrigado a fazer as pazes com esta Tríplice, mas manteve seus planos bélicos. Em 1670 Carlos II assinou o Tratado de Dover, pelo qual Luís XIV se comprometia a pagar-lhe 200.000 £ anuais. Em troca, Carlos concordava a ceder a Luís tropas e converter-se ao Catolicismo. Carlos Ii tentou manter o Tratado em segredo, especialmente a cláusula referente a sua conversão.

Em 1670, Carlos II concedeu à Companhia Britânica das Índias Orientais o direito capitanear exércitos e formar alianças, declarar guerra ou estabelecer a paz e a exercer a jurisdição tanto civil como criminal nas zonas nas quais a companhia operava.

Conflito com o Parlamento

0000BlogCharlesIIEm 1672, Carlos II assinou a Declaração de Indulgência, na qual manifestava sua intenção de suspender todas as leis que penalizavam os católicos e a outros dissidentes religiosos. No mesmo ano, ele apoiou abertamente a França católica (a epóca governada por seu primo Luís XIV) e iniciou a Terceira Guerra Anglo-Holandesa.

O Parlamento (contrário a conceder tolerância religiosa aos católicos) opôs-se à Declaração de Indulgência e negou-se a financiar a Guerra Anglo-Holandesa, obrigando Carlos a firmar a paz em 1674.

Em 1678, Titus Oates, um antigo clérigo anglicano, denunciou falsamente uma "conspiração papal" para assassinar o rei e substituí-lo pelo Duque de York. A histeria anticatólica estendeu-se pela população com vários supostos conspiradores, e numerosos inocentes foram executados. Carlos II ordenou a seu Primeiro Ministro, Thomas Osborne, o Conde de Danby, que investigasse o caso. Posteriormente, ainda em 1678, o Conde Danby foi submetido a uma moção de censura pela Câmara dos Comuns sob a acusação de alta traição. A fim de salvar o Conde Danby do julgamento, Carlos decidiu dissolver o Parlamento em janeiro de 1679. O novo Parlamento, constituído em março de 1679, resultou ser francamente hostil ao rei. Danby foi forçado a se demitir, mas recebeu o perdão real.

 Morte

Outro problema político que Carlos II enfrentou foi referente a sucessão ao trono. O Parlamento se opunha à perspectiva de um monarca católico. Anthony Ashley Cooper, Conde de Shaftesbury, propôs uma Lei de Exclusão, que pretendia tirar Jaime,o Duque de York, da linha sucessória. Alguns quiseram inclusive oferecer a coroa ao protestante James Scott, Duque de Monmouth, um dos filhos ilegítimos de Carlos. Dentre os que opunham a Lei de Exclusão formaram o Partido Tory (ou Partido Conservador), enquanto que os que apoiavam se coverteram no Partido Whig (Partido Liberal). Temendo que a Lei fosse aprovada, Carlos II dissolveu o parlamento em dezembro de 1679.

Carlos morreu repentinamente vítima de uremia em 6 de fevereiro de 1685. Antes de morrer converteu-se ao catolicismo e recebeu a unção dos enfermos. Ele foi sucedido pelo irmão, o Duque de York.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Inquisição para download

 

Inquisio Site da Biblioteca Nacional de Portugal oferece amplo acesso a documentos. Entre eles, sentenças da Inquisição. Confira!

Nas últimas décadas, o conceito de biblioteca passou por diversas reformulações. Com o avanço das novas mídias, com a substituição de antigos procedimentos técnicos e, sobretudo, com uma mudança na função social do bibliotecário, a biblioteca tornou-se um espaço de trocas, um espaço dinâmico, um espaço, enfim, de encontros. Um sinal desses novos tempos é a Biblioteca Nacional de Portugal, que vem se destacando não só pela riqueza de seu acervo, mas também pela preocupação que demonstra ter com o seu público.
A Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) é a maior biblioteca portuguesa e uma instituição de referência no panorama cultural, garantindo a recolha do patrimônio bibliográfico nacional, o seu processamento e preservação, disponibilizando-o à comunidade intelectual e científica e, através das novas tecnologias, assegurando a pesquisa bibliográfica em linha, a partir de qualquer parte do mundo.
Dirigida atualmente por Jorge Couto, a BNP segue uma política muito parecida de outras grandes bibliotecas ocidentais: a articulação entre inovação tecnológica e a valorização do patrimônio. Em outras palavras, os atuais bibliotecários entendem que o lugar da biblioteca não é apenas o lugar da preservação, mas o lugar, principalmente, da divulgação, da partilha. Por isso, tais instituições investem cada vez mais em projetos de digitalização.
O site da BNP é rico em conteúdos que se encontram disponíveis para historiadores e toda sorte de pesquisadores. Na literatura, por exemplo, nomes mundialmente consagrados, Fernando Pessoa, José Saramago, Miguel Torga, Bocage, Eça de Queirós entre outros, tiveram parte ou a totalidade de suas obras digitalizadas e disponibilizadas para o grande público.


Inquisição para download


Para quem procura por fontes históricas, o site da BNP também oferece uma bela viagem ao passado. É possível ler, na íntegra, jornais do século XIX, fazer download de séries inteiras em alta definição, além de acessar edições originais, manuscritos, cadernos de notas de antigos escritores e também visualizar objetos pertencentes a diversos intelectuais portugueses.
No entanto, dentre todos os conteúdos desmobilizados ao público, é preciso dar destaque aos documentos referentes a Inquisição portuguesa. A BNP oferece coleções de listas impressas e manuscritas dos autos de fé públicos e particulares da Inquisição de Lisboa, além da coleção das mais célebres sentenças, cobrindo boa parte do século XVI e XVII.Tudo, claro, pode ser baixado gratuitamente pelo internauta. Imperdível para professores, pesquisadores ou simples apaixonados pela história.
Quer conferir toda essa riqueza documento? Então, clique e acesse:

http://www.bnportugal.pt/

 

Fonte da história: http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-cafe-historia-74

10 Vezes D. Pedro II do Brasil

Tem uma piadinha que diz que D. Pedro II foi o único filho que nasceu mais velho que o pai. Isso porque as imagens que mostram dele é sempre de um velhinho, enquanto que as do fanfarrão D. Pedro I são sempre jovens. Aqui algumas fotos para mostrar que D. Pedro II teve sim infância, adolescência e idade adulta.

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Árvore genealógica Imperial do Brasil

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D. Pedro II, Imperador Hich Tech

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D. Pedro II tirou essa sua foto (auto retrato) em Sao Cristovão.  Nosso Imperador gostava muito de fotografia, e penso que se vivesse hoje em dia seria ligado em tecnologia, não desgrudaria de seu IPAD e das maiores novidades do ramo. Aqui embaixo ele no Egito, em 1870, diante da pirâmide de Quéops e da esfinge:

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Vale a pena ler esse artigo de 2003 sobre o nosso Imperador:

Viagens do imperador

ACERVO DE FOTOS INÉDITAS DE D. PEDRO II "VEM À LUZ "

Ao deixar o Brasil em 1889 após a proclamação da República, o imperador D. Pedro II doou à Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro seu acervo pessoal com cerca de 25 mil fotografias. Mais de cem anos depois, em 1990, a divisão de iconografia da biblioteca iniciou um trabalho de identificação e recuperação das imagens, tendo como apoio nessa empreitada o Instituto Cultural Banco Santos. Parte desse acervo, com 220 fotos e retratos pintados a óleo pertencentes à família real, integram a exposição De volta à luz, na sede do Banco Santos, na capital paulista, onde fica até 31 de outubro, viajando posteriormente por algumas cidades brasileiras, num roteiro ainda em elaboração.

Além de ser o primeiro brasileiro a tirar uma fotografia na primeira metade do século XIX, com o recém-inventado aparelho de daguerreotipia, o imperador D. Pedro II instituiu no Brasil o título de "Photographo da Casa Imperial", concedido a partir de 1851 aos melhores fotógrafos do país, uma iniciativa que precedeu em dois anos a da rainha Victoria, que fez o mesmo na Inglaterra. Sempre acompanhava o imperador em sua comitiva um especialista em temas locais e um fotógrafo para registrarem suas viagens.

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Tais registros nunca antes haviam sido expostos em uma mostra para o público, e estiveram longe do contato com a luz desde o fim da monarquia. "Por isso o nome De volta à luz, que traz em si a idéia de que as fotos não são apenas achados, mas imagens de grande relevância e valor em seu tempo, e nos permite capturar a impressão de um passado que nos moldou", diz Marcello Dantas, responsável pela concepção, desenho e montagem da exposição.

O primeiro dos três módulos da mostra reúne fotografias, documentos e objetos ligados ao círculo familiar do imperador, pertencentes a coleções pessoais de membros da família Orleans e Bragança. No mezanino está o segundo módulo, com dez painéis de vidro que trazem textos informativos e projeções digitais de coleções do imperador, mostrando seu interesse pela ciência e por novos inventos, como o aparelho de daguerreotipia. Em 1840, com apenas 14 anos e prestes a ter sua maioridade antecipada para que pudesse assumir o Império, ele foi o primeiro brasileiro a adquirir o aparelho, que conheceu em uma demonstração pública no centro da Rio, feita pelo abade francês Louis Compte. Essa parte da mostra também conta um pouco da história da fotografia no século XIX e o processo de recuperação das fotografias que inspiraram o nome da mostra.

As estrelas da exposição, batizadas de "enroladinhas", estão no terceiro módulo. Ficaram armazenadas em caixas metálicas de flandres, por mais de um século, nos arquivos da Biblioteca Nacional. Joaquim Marçal, chefe da Divisão de Iconografia da Biblioteca Nacional e um dos curadores da exposição, explica que tais imagens são cópias fotográficas em papel albuminado. Na metade do século XIX, desenvolveu-se uma técnica que consistia em depositar uma folha de papel de baixa gramatura em uma bacia com albumina, proteína extraída da clara do ovo, deixando o papel brilhante e liso. O contato do papel albuminado com a solução de nitrato de prata usada na revelação de fotografias tornava a imagem mais rica em contraste. "Com o passar do tempo, a reação entre a emulsão à base de albumina e o papel fotográfico fez com que as fotografias ficassem enroladas - daí o nome "enroladinhas". Porém, como as caixas se mantiveram fechadas, ao abrigo da luz e da umidade, a qualidade das imagens se manteve intacta", conta Marçal.

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Fonte da notícia: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252003000400035&script=sci_arttext

Agora é tarde… Inês já é morta!

Já ouviu falar desse ditado que quer dizer que não adianta mais chorar o leite derramado, ou, em outras palavras, se lamentar por algo?

Então, a origem dela remota da história da bela Inês de Castro. Quem foi Inês de Castro?

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Inês de Castro, essa linda moçoila loira, era filha de Pedro Fernandes de Castro, um simples mordomo do rei Afonso XI de Castela. Em 1339 o príncipe Pedro, herdeiro do trono português, casou-se com a filha de João Manuel de Castela, Constança Manuel. Mas o coração de D. Pedro pertencia a outra, a D. Inês de Castro.

 

ph_afonso4 D. Afonso IV, pai de D. Pedro, não aprovava essa relação. Sentindo-se ameaçado pela relação e pelos irmãos de Inês, foi pressionado a fazer algo contra. Dessa maneira, o rei prendeu e exilou D. Inês no castelo de Albuquerque, que fica na fronteira castelhana. Mas o amor dos dois só fazia crescer.

Constança, esposa de D. Pedro, acabou morrendo no parto do futuro rei Fernando I de Portugal. Livre e viúvo, Pedro decidiu que era hora de mandar buscar sua amada. Os dois foram viver juntos e foi grande o escândalo. Imagina isso?! Seu pai ficou desgostoso e a guerra entre os dois estava declarada.

D. Afonso IV casou Pedro novamente, e desta vez com uma dama de sangue real. Pedro não aceitou. Enquanto isso, Inês tinha filhos ilegítimos do casal.

Morte de Inês de Castro

O casal retornou a Coimbra, e havia uma boataria que haviam se casado secretamente. O rei decidiu que só havia uma maneira de remediar a situação: matando Inês. Coitada.

Em 7 de janeiro de 1355, o rei aproveitou que Pedro tinha saído em excursão, para uma caça e enviou seus homens para matá-la. D. Pedro ficou tão revoltado que se colocou contra o pai definitivamente. Após meses, os dois fizeram as pazes. Tudo ilusão, ele jamais o perdoou.

Quando foi coroado rei de Portugal, Pedro anunciou que Inês seria coroada rainha, já que os dois haviam se casado pouco antes de sua morte. Inês, mesmo morta, foi coroada rainha de Portugal. Pedro I mandou matar dois dos assassinos de Inês de Castro: Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves. Arrancaram-lhes o coração pelo peito, a um, e a outro pelas costas. Assim se justifica o seu cognome.

Ao morrer, D. Pedro foi enterrado em um túmulo em frente ao de sua amada, a bela Inês.

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Excerto do episódio de Inês de Castro d' Os Lusíadas.
"(...)
Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruto,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus fermosos olhos nunca enxuto,
Aos montes ensinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.
Do teu Príncipe ali te respondiam
As lembranças que na alma lhe moravam,
Que sempre ante seus olhos te traziam,
Quando dos teus fermosos se apartavam:
De noite em doces sonhos, que mentiam,
De dia em pensamentos, que voavam.
E quanto enfim cuidava, e quanto via,
Eram tudo memórias de alegria.
De outras belas senhoras e Princesas
Os desejados tálamos enjeita,
Que tudo enfim, tu, puro amor, despreza,
Quando um gesto suave te sujeita.
Vendo estas namoradas estranhezas
O velho pai sesudo, que respeita
O murmurar do povo, e a fantasia
Do filho, que casar-se não queria.
(...)"
Luís Vaz de Camões

A história de amor de D. Pedro e Inês em vídeo:

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